Em momentos de fragilidade, muitas pessoas se veem impedidas de continuar trabalhando devido a problemas de saúde que surgem de forma inesperada ou que se agravam ao longo do tempo e essas pessoas passam a depender de benefícios.
Nessas horas, o desafio não é apenas lidar com as limitações impostas pela doença, mas também encontrar formas de garantir a segurança financeira diante de uma nova realidade. A possibilidade de obter um benefício específico pode representar um alívio, uma forma de se manter financeiramente.
Entender quais condições de saúde permitem o acesso a esse tipo de benefício é essencial para quem precisa de auxílio em um momento tão delicado. É uma questão de justiça e de cuidado, oferecendo a essas pessoas a chance de seguir em frente com o mínimo de tranquilidade possível.
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Principais benefícios disponíveis para quem não consegue mais trabalhar
Os três principais benefícios oferecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para aqueles que não conseguem mais trabalhar devido a doenças ou acidentes são a Aposentadoria por Incapacidade Permanente, o Auxílio-Doença e o Auxílio-Acidente.
A Aposentadoria por Incapacidade Permanente, anteriormente conhecida como Aposentadoria por Invalidez, é destinada a trabalhadores que estão totalmente e permanentemente incapacitados para exercer qualquer atividade laboral e não podem ser reabilitados para outra função.
Este benefício é concedido quando a incapacidade é definitiva e impede o segurado de retornar ao mercado de trabalho.
O Auxílio-Doença, por sua vez, é concedido aos segurados que se encontram temporariamente incapacitados para o trabalho devido a uma doença ou acidente. Esse benefício é destinado a casos em que o afastamento do trabalho é necessário por um período superior a 15 dias.
Já o Auxílio-Acidente é um benefício indenizatório pago ao trabalhador que sofre um acidente de qualquer natureza e que resulta em sequelas que reduzem a sua capacidade para o trabalho, mas que ainda permitem o exercício de atividades laborais.
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Principais doenças que podem qualificar para benefícios previdenciários
Várias doenças podem qualificar um segurado do INSS para receber a Aposentadoria por Incapacidade Permanente ou o Auxílio-Doença. No entanto, a concessão desses benefícios depende da avaliação da perícia médica do INSS, que analisa o impacto da doença na capacidade de trabalho do segurado.
Entre as principais doenças que dispensam o período de carência e que podem qualificar para a Aposentadoria por Incapacidade Permanente, estão:
- Alienação mental
- Cardiopatia grave
- Cegueira
- Contaminação por radiação
- Doença de Parkinson
- Espondiloartrose anquilosante
- Hanseníase
- Hepatopatia grave
- Nefropatia grave
- Neoplasia maligna
- Paralisia irreversível e incapacitante
- Síndrome da deficiência imunológica adquirida (AIDS)
- Tuberculose ativa
- Estado avançado da doença de Paget (Osteíte deformante)
Essas doenças são consideradas graves e, portanto, dispensam o período de carência exigido normalmente para a concessão dos benefícios previdenciários, como o Auxílio-Doença e a Aposentadoria por Incapacidade Permanente.
Como solicitar esses benefícios?
Para solicitar os benefícios, o segurado deve, inicialmente, agendar uma perícia médica no Meu INSS, disponível através do portal ou pelo aplicativo. Durante o agendamento, o segurado deverá fornecer informações básicas sobre sua condição de saúde e o motivo pelo qual está solicitando.
Na data marcada, é essencial que o segurado compareça à perícia médica com toda a documentação necessária, incluindo laudos, exames médicos, receitas e atestados que comprovem a incapacidade para o trabalho.
Após a realização da perícia, o INSS avaliará a documentação e o laudo pericial para determinar se o segurado tem direito ao benefício. Se o pedido for aprovado, o benefício será concedido e o pagamento será realizado mensalmente.
No caso do Auxílio-Acidente, a solicitação segue procedimentos semelhantes, mas o benefício será concedido após a comprovação de que as sequelas do acidente reduziram a capacidade laboral do segurado.
Se houver recusa por parte do INSS, o segurado pode recorrer da decisão, solicitando uma nova perícia ou entrando com um pedido de reconsideração.
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