Ao planejar a aposentadoria, muitos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem se deparar com surpresas desagradáveis, especialmente quando descobrem que nem todas as experiências profissionais contam para o tempo de contribuição.
Para evitar contratempos, é importante conhecer quais situações são desconsideradas pelo Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
Empregos ou atividades que não estão vinculadas ao RGPS não entram na contagem do tempo de contribuição.
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Atividades não vinculadas ao RGPS
Isso inclui, por exemplo, servidores públicos vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), a menos que haja contagem recíproca.
A contagem recíproca ocorre quando o tempo de contribuição em um regime previdenciário é transferido para outro, permitindo que o trabalhador utilize esse tempo para completar os requisitos de aposentadoria.
No entanto, há uma exceção para os segurados especiais, como trabalhadores rurais e pescadores artesanais que produzem em regime de economia familiar.
Mesmo que não consigam contribuir regularmente, o tempo de atividade ainda é contabilizado.
Para empregados e contribuintes individuais que prestam serviços para empregadores domésticos ou pessoas jurídicas, o responsável tributário é o empregador, garantindo assim a contagem do tempo de contribuição.
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Contribuição durante período de incapacidade
Para os segurados que recebem benefícios por incapacidade, como o auxílio-doença, o período de afastamento só será contabilizado para a aposentadoria se houver contribuições intercaladas.
Isso significa que o segurado precisa voltar a trabalhar e contribuir após o período de afastamento. Se o trabalhador não retomar as contribuições, o tempo de afastamento será desconsiderado na hora de calcular a aposentadoria.
Por exemplo, um trabalhador que contribuiu por 10 anos, ficou afastado por dois anos devido a um auxílio-doença e depois voltou a contribuir por mais 10 anos, terá os 22 anos de contribuição contabilizados, incluindo o período de afastamento. No entanto, se ele não voltar a contribuir, os dois anos afastados serão ignorados.
Atraso nas contribuições e outras exclusões
Para segurados individuais que contribuem de forma autônoma, períodos de contribuição em atraso só serão considerados se a dívida for regularizada e quitada pela Receita Federal. Isso significa que, se o pagamento das contribuições atrasadas não for feito, o tempo correspondente não será contado para a aposentadoria.
Além disso, o INSS não reconhece o tempo de trabalho de monitores ou alfabetizadores recrutados pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), pois essa atividade não é considerada de natureza trabalhista ou previdenciária. Outro ponto importante é que servidores públicos não podem contar períodos de licenças-prêmio não usufruídas como tempo de contribuição.
Contribuição de menores de idade
No caso de menores de idade, a contribuição só é facultativa para alunos aprendizes, bolsistas e estagiários, e a contagem do tempo só ocorre se houver opção por contribuir.
O INSS também desconsidera períodos de trabalho realizados por adolescentes com menos de 16 anos, que é a idade mínima para ser segurado do RGPS. No entanto, há exceções para aqueles que trabalharam antes da Constituição de 1988, especialmente em áreas rurais.
Em resumo, é fundamental que os segurados estejam cientes dessas regras para evitar surpresas ao solicitar a aposentadoria. Conhecer o que é ou não contabilizado pode fazer toda a diferença no planejamento previdenciário.
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