A ansiedade, conhecida como o “mal do século”, tem sido uma das maiores causas de solicitação do auxílio-doença nos últimos anos.
A ansiedade é uma reação natural do organismo diante de situações desafiadoras, despertando alerta e preparando o corpo para responder a estímulos externos. No entanto, quando essa sensação se torna excessiva, persistente e prejudica a vida cotidiana, ela passa a ser considerada um transtorno psicológico.
Milhões de pessoas enfrentam dificuldades decorrentes da ansiedade, que pode comprometer o desempenho profissional, os relacionamentos e a saúde física.
Nos últimos anos, o número de afastamentos do trabalho por transtornos mentais cresceu significativamente, tornando a ansiedade a principal causa de concessão de auxílio-doença no Brasil. Esse cenário reflete o impacto da saúde mental no ambiente de trabalho e na vida dos segurados do INSS.
Solicitações de auxílio-doença por ansiedade aumentam
O número de concessões de auxílio-doença por ansiedade disparou, alcançando o maior patamar dos últimos dez anos. Pelo quarto ano consecutivo, esse transtorno lidera o ranking dos afastamentos concedidos pelo INSS, superando até mesmo os casos de depressão.
Em 2024, os pedidos de benefício devido à ansiedade cresceram 76%, enquanto os afastamentos por depressão aumentaram 69%. No total, o volume de auxílios por transtornos mentais subiu quase 40%, evidenciando a necessidade de atenção à saúde mental no ambiente de trabalho.
Especialistas apontam diversos fatores que explicam esse aumento expressivo nos afastamentos. O impacto da pandemia da Covid-19 foi um dos principais desencadeadores, pois muitas pessoas vivenciaram luto, insegurança financeira e mudanças bruscas na rotina.
Além disso, a precarização das relações de trabalho e o medo do desemprego também contribuem para o agravamento da ansiedade. Com equipes cada vez menores e demandas crescentes, muitos profissionais enfrentam sobrecarga, estresse constante e dificuldade para conciliar a vida pessoal e profissional.
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Quais as regras para solicitação do benefício?
- O auxílio-doença pode ser solicitado por segurados do INSS que comprovem incapacidade temporária para o trabalho
- O afastamento deve ser superior a 15 dias consecutivos ou intercalados dentro de 60 dias, desde que pela mesma doença
- É necessário apresentar documentação médica que comprove o transtorno de ansiedade e sua relação com a incapacidade laboral
- A perícia médica do INSS avalia cada caso e define o período de afastamento concedido ao segurado
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Como comprovar um quadro de ansiedade ao INSS?
A concessão do auxílio-doença depende da comprovação da incapacidade temporária para o trabalho. No caso de transtornos psicológicos, como a ansiedade, o segurado precisa apresentar laudos médicos detalhados, atestando a gravidade do quadro.
Documentos incompletos ou com informações genéricas podem dificultar a aprovação do benefício. Por isso, é fundamental que o paciente consulte um profissional de saúde especializado, como psiquiatra ou psicólogo, e solicite relatórios bem estruturados.
Além da documentação médica, o segurado pode complementar a solicitação com receitas de medicamentos, exames clínicos e registros de acompanhamento psicológico. Quanto mais detalhada for a comprovação da doença, maiores as chances de aprovação do benefício pelo INSS.
A perícia médica analisará o histórico do paciente e os impactos do transtorno na capacidade de exercer suas funções laborais.
Como solicitar o auxílio-doença por este motivo?
- Acesse o site ou aplicativo Meu INSS e faça login com seu CPF e senha
- Clique em “Pedir Benefício por Incapacidade” e siga as instruções na tela
- Selecione o tipo de perícia (presencial ou análise documental, conforme o caso)
- Anexe os documentos médicos necessários, como laudos, atestados e exames
- Acompanhe o andamento da solicitação diretamente pelo sistema do INSS
- Caso o pedido seja negado, o segurado pode entrar com recurso ou apresentar nova documentação
Com o aumento dos casos de afastamento por ansiedade, o INSS reforça a importância de um diagnóstico preciso e de uma solicitação bem fundamentada. A busca por tratamento adequado e o acompanhamento médico são fundamentais para garantir que o trabalhador tenha acesso ao benefício e consiga se recuperar plenamente antes de retornar ao mercado de trabalho.
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