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Peritos do INSS em GREVE: paralisação afeta 1,8 milhão de beneficiários; saiba o que fazer

A paralisação de peritos do INSS está atrasando a concessão de diversos benefícios previdenciários, mas é importante saber como contorná-la.

Os peritos médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desempenham um papel essencial na concessão de benefícios por incapacidade, assegurando que trabalhadores afastados por problemas de saúde recebam o suporte necessário.

Sem a perícia médica, segurados enfrentam dificuldades para acessar auxílios como aposentadoria por invalidez e auxílio-doença, o que agrava a situação financeira de muitas famílias. No entanto, o serviço sofre com atrasos constantes, agravados pela escassez de profissionais e por paralisações da categoria.

Atualmente, a greve dos peritos interrompe milhares de atendimentos, deixando a população vulnerável e aumentando a fila de espera. A crise exige medidas urgentes para garantir o funcionamento adequado do sistema previdenciário.

Com os peritos em greve, a concessão de benefícios fica mais complexa.
Com os peritos em greve, a concessão de benefícios fica mais complexa. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / colunadobeneficio.com.br

Peritos do INSS seguem em greve

A paralisação dos peritos médicos do INSS começou em agosto de 2024 e continua afetando o atendimento em todo o país. O impasse entre a categoria e o Ministério da Previdência Social gerou uma crise que impacta diretamente segurados que aguardam avaliação médica para ter acesso a benefícios.

A falta de acordo entre as partes prolonga a greve, resultando no cancelamento de perícias e na ampliação da fila de espera. Enquanto isso, milhares de brasileiros enfrentam dificuldades para manter suas despesas, pois dependem desses auxílios para sustentar suas famílias.

O principal ponto de conflito envolve mudanças impostas pelo governo, que aumentaram as metas de atendimento dos peritos. A categoria alega que a nova regulamentação desconsidera a complexidade das avaliações médicas e sobrecarrega os profissionais.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a revisão do acordo anterior, que reduzia a carga de trabalho da categoria, gerando insatisfação e levando os peritos à greve. Além disso, os médicos peritos reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho, fatores que contribuem para a manutenção da paralisação.

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Paralisação trava liberação de benefícios

A greve compromete diretamente a análise e a concessão de benefícios previdenciários. Em julho de 2024, antes da paralisação, a fila de perícias já somava 576 mil segurados à espera de atendimento. Em janeiro de 2025, o número ultrapassou 686 mil, com mais de 1,8 milhão de pedidos previdenciários aguardando análise.

A falta de peritos ativos limita a produtividade, impossibilitando que o INSS atenda à demanda crescente. Mesmo com tentativas de reagendamento automático, o déficit de profissionais impede uma solução imediata para o problema.

A ausência de dados atualizados sobre a fila de espera dificulta ainda mais a situação. O Boletim Estatístico da Previdência Social, responsável por divulgar informações oficiais, não é atualizado desde novembro de 2024, gerando incerteza entre os segurados.

Muitos cidadãos tentam contato com o INSS para obter esclarecimentos, mas encontram dificuldades devido ao alto volume de demandas. Enquanto isso, a espera por perícias se prolonga, afetando diretamente pessoas que dependem do benefício para sobreviver.

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O que o INSS está fazendo para amenizar a situação?

Diante do colapso no atendimento, o governo anunciou medidas para reduzir os impactos da greve. Uma das principais iniciativas foi a abertura de um concurso público para contratar 500 novos médicos peritos.

A expectativa é que os profissionais aprovados sejam convocados o mais rápido possível para reforçar o atendimento e reduzir a fila de espera. Além disso, o INSS determinou o reagendamento automático das perícias canceladas, utilizando o sistema da Dataprev para redistribuir os atendimentos.

Outra estratégia adotada foi o bloqueio das agendas dos grevistas, transferindo os atendimentos para peritos que continuam trabalhando. No entanto, essa medida gerou controvérsias, pois a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) acusa o governo de manipular dados ao desmarcar consultas no sistema.

A disputa judicial entre a categoria e o governo já soma mais de 50 processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), evidenciando a gravidade do impasse. Enquanto isso, os segurados seguem sem atendimento adequado.

Como conseguir atendimento durante a greve dos peritos?

  • Acompanhar o status do pedido no aplicativo Meu INSS, verificando possíveis reagendamentos automáticos.
  • Manter os dados cadastrais atualizados, especialmente telefone e e-mail, para receber notificações sobre a perícia.
  • Entrar em contato com a Central 135 para esclarecer dúvidas e confirmar o novo agendamento.
  • Buscar orientação jurídica se a espera ultrapassar 45 dias, considerando medidas legais para garantir o atendimento.
  • Reunir laudos médicos e exames atualizados para facilitar o processo de análise, caso haja reagendamento.

A greve dos peritos médicos expõe um problema estrutural do INSS, que enfrenta desafios para manter a qualidade do atendimento e garantir o acesso da população aos benefícios. Enquanto a paralisação continua sem solução definitiva, segurados precisam encontrar alternativas para acompanhar seus processos e minimizar os impactos da crise previdenciária.

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